quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Charles Chaplin





Ontem, dia 25 de dezembro, fez 35 anos que Charles Chaplin faleceu. Ele foi um dos maiores ícones do cinema mudo e seu personagem mais famoso foi "The Tramp" ou Carlitos (nome pelo qual ficou conhecido aqui no Brasil), com suas roupas sujas e rasgadas, sapatos bem maiores que seus pés, bengala de bambu, chapéu coco e bigode.





O vagabundo Carlitos tem muito a ver com a infância pobre de Chaplin. Nascido Charles Spencer Chaplin, em 1889, seus pais também eram artistas e se separaram quando ele tinha apenas três anos. Sua mãe era mentalmente doente e foi internada em um asilo, o que fez com que Chaplin e seu meio-irmão fossem morar com o pai e sua amante. A "madrasta" os mandou para uma escola para crianças pobres - Central London District School, em Hanwell. Essa escola era uma das workhouses que existiam na Inglaterra. Só para vocês terem uma ideia de como eram essas escolas, vejam o que Charles Dickens escreveu em um artigo para a revista Household Words em 1850:

"(...) As crianças, em sua primeira aparição nesta escola de Norwood, estão geralmente na situação mais lamentável. Ignorância e sujeira, trapos e vermes, preguiça e problemas de saúde, couro cabeludo doente, e peles torturadas pela coceira, são suas características. Eles são a escória da população da maior cidade do mundo... pequenas personificações da genuína pobreza (...)"

Charles Dickens escreveu até mesmo um romance que, no início, se passa em uma workhouse - "Oliver Twist". Alguns filmes já foram feitos baseados nesse romance. Indico o musical dirigido por Carol Reed, do qual eu gosto muito. (sinopse abaixo)



Escola em Hanwell


Na escola as crianças que desobedeciam as regras eram severamente punidas. Chaplin ficou nessa escola dos sete aos nove anos e depois foi viver com seu pai. Essa parte de sua história não é bem conhecida. Alguns estudiosos dizem que ele e seu pai nunca mais se viram, enquanto outros dizem que sim. Mas, vamos combinar que estar com o pai não iria ajudar em nada, pois ele era alcoólatra e morreu de cirrose, em 1901, quando Chaplin tinha doze anos.
Em 1912 mudou-se para os Estados Unidos e, em 1918, fundou seu próprio estúdio, tornando-se mais popular a cada dia.

Seu posicionamento político e o fato de ter se casado várias vezes, geralmente com mulheres bem mais jovens do que ele, o fez ter alguns inimigos e não ser bem visto pela sociedade. Os críticos não gostavam muito do tipo de comédia que ele fazia, mas o público adorava.
Não podemos negar que era versátil: ator, músico, cineasta, produtor, empresário, escritor, poeta, dançarino, coreógrafo, humorista, mímico e regente de orquestra. Foi ele quem escreveu, dirigiu e atuou em seus filmes.


Alguns filmes:


O Garoto (The Kid, 1921)

Sinopse: Uma mãe solteira deixa o hospital com seu filho recém-nascido. Sabendo que não tem condições financeiras de cuidar dele, ela o deixa dentro de um carro luxuoso com um bilhete pedindo para cuidarem dele. Assim que ela vai embora o carro é roubado. Quando os ladrões encontram o bebê, o abandonam em uma rua. Assim, o Vagabundo encontra o bebê e acaba cuidando dele.

É emocionante! Primeira frase do filme: "A picture with a smile - and perhaps, a tear." ("Um filme com um sorriso - e talvez, uma lágrima")






Luzes da Cidade (City Lights, 1931)

Sinopse: "O Vagabundo" apaixona-se por uma jovem e pobre florista cega (Virginia Cherill). A moça, devido a um mal entendido, acha que ele é rico e o Vagabundo faz de tudo para não desapontá-la.

Uma das melhores cenas do filme é a luta de boxe!












Tempos Modernos (Modern Times, 1936)

Sinopse: "O Vagabundo" luta para sobreviver na sociedade industrial contando com a companhia de uma jovem órfã.











O Grande Ditador (The Great Dictator, 1940)

Sinopse: O ditador Adenoid Hynkel tem um sósia, um pobre barbeiro judeu que, certo dia, é confundido com o ditador. 





Antes de finalizar o post, segue sinopse do filme "Oliver Twist":









Oliver Twist (Oliver Twist, 1968)

Sinopse: Adaptação musical do romance de Charles Dickens. Um órfão foge do orfanato e acaba ficando amigo de alguns meninos de rua que são treinados por um homem para serem "batedores de carteira".








Beijos, Vivi

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Diva do Cinema: Vivien Leigh





Adoro filmes "antigos". Escrevi antigos entre aspas porque muitos filmes antigos continuam tão maravilhosos, tão atuais, que são bem melhores do que vários blockbusters de agora. 
Uma das coisas que mais gosto neles são as atrizes. Ah, as atrizes... Quando vejo fotos de algumas delas sempre tenho a sensação de que eram mulheres fortes, seguras, corajosas e felizes. São fotos sempre tão glamourosas, até as mais simples são perfeitas. Lógico, fotos são apenas fotos, com toda a preparação feita pelo fotógrafo para que ela pudesse ser tirada.
Estou escrevendo tudo isso para falar de Vivien Leigh. Foi por causa dessa linda atriz inglesa, nascida em Darjeeling (quando a Índia ainda pertencia ao Império Britânico), que meus pais me deram o nome de VIVIEN. Porém, a própria Vivien Leigh chamava-se, na verdade, Vivian, com A. Foi um dos produtores com o qual trabalhou que sugeriu que a letra A fosse substituída pela E, para o nome soar mais feminino. 
Ela é um dos exemplos de atrizes lindas e talentosas que, por trás das telas e dos holofotes, não levava uma vida tão maravilhosa assim. Por volta de 1940 foi diagnosticada com tuberculose crônica e desde então sua saúde tornou-se debilitada. Além disso, sofreu dois abortos e tinha transtorno bipolar, o que ocasionou maus momentos em sua vida pessoal e profissional - alguns diretores achavam difícil trabalhar com ela por causa de suas constantes mudanças de humor. Ela faleceu aos 53 anos, em 1967, depois de uma grave crise de tuberculose.





Ganhou dois Oscar como melhor atriz. O primeiro foi pela maravilhosa interpretação como Scarlett O'Hara no clássico "... E o Vento Levou" (Gone With the Wind, 1939) - depois faço um post só para este filme - e, o segundo, por interpretar Blanche DuBois em "Uma Rua Chamada Pecado" (A Streetcar Named Desire, 1951).   



Em cena com Clark Gable (Rhett Butler) em "... E o Vento Levou".


Com Marlon Brando em "Uma Rua Chamada Pecado".


Como sempre soube da inspiração para meu nome, desde que eu me conheço por gente, pedia para meu pai me mostrar filmes com ela. Como eram filmes mais sérios, era difícil assisti-los até o fim. "... E o Vento Levou", apesar de se passar na Guerra de Secessão, já prendeu minha atenção desde os oito anos de idade. Num próximo post eu escrevo o porquê. =)

Outro filme que adorava assistir quando pequena era "A Ponte de Waterloo" (Waterloo Bridge, 1940), principalmente a cena em que ela aparecia dançando ballet.






A Ponte de Waterloo (Waterloo Bridge, 1940)

Sinopse: Um oficial britânico vai até a ponte de Waterloo, lugar onde conheceu, anos atrás, Myra (Vivien Leigh), uma jovem bailarina. O romance deles é interrompido quando ele precisa partir para o front na Primeira Guerra Mundial. 

O filme tem um final surpreendente e conta com a atuação de Maria Ouspenskaya como a professora de ballet megera de Myra. Eu tinha muito medo dela na cena em que estão no camarim. Era muito tenso... rs  










Uma Rua Chamada Pecado (A Streetcar Named Desire, 1951)

Sinopse: Blanche DuBois vai visitar sua irmã, que está grávida, em Nova Orleans. Lá, tem que conviver com seu cunhado Stanley (Marlon Brando), um homem machista e nada delicado. A tensão entre Blanche e Stanley só aumenta durante o filme.

O filme foi vencedor de quatro Oscar:
- Melhor atriz: Vivien Leigh
- Melhor atriz coadjuvante: Kim Hunter
- Melhor ator coadjuvante: Karl Malden
- Melhor direção de arte: Richard Day



"Steeeellllaaaaaa!!!"



Fui para Londres ano passado e um dos lugares que mais fiquei feliz em conhecer foi a ponte de Waterloo. Com direito a arco-íris!



Espero que tenham gostado do post!

Beijos!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Filmes Natalinos

Pensando no dia de hoje, e para iniciar este blog de uma forma bem especial, resolvi compartilhar com vocês os meus filmes preferidos que se passam nessa época do ano.
São filmes leves e emocionantes, perfeitos para assistir com a família reunida amanhã depois do almoço. rs
Difícil alguém ver algum desses filmes e não se sentir mais feliz ou ficar com um lindo sorriso no rosto!



Esqueceram de Mim (Home Alone

Quem foi criança nos anos 90 certamente lembra-se com carinho desse filme que, durante anos, nos divertiu algumas tardes ao ser exibido pela Globo na "Sessão da Tarde". Conheço pessoas que até hoje se emocionam com a famosa música tema do filme composta por John Wiliams.

Sinopse: Kevin (Macaulay Culkin), um menino de 8 anos, é acidentalmente deixado para trás pela sua família nas férias de Natal. No tempo em que fica sozinho, tem que se virar para realizar tarefas de casa como lavar roupas e fazer compras. Mas sua tarefa mais difícil será defender sua casa de dois ladrões - bem atrapalhados e engraçados (adoro o personagem de Daniel Stern! É um dos pontos altos do filme).





Um Homem de Família (The Family Man)

Gosto muito desse filme! Traz um dos últimos bons papéis que Nicolas Cage fez antes de se lançar no obscuro mundo dos filmes ruins. 
Um dos personagens que mais gosto do filme é a da filha de Jack, interpretada pela atriz Mackenzie Jade Vega, que percebe logo no início que Jack não está entendendo nada do que está acontecendo...

Sinopse: Jack Campbell (Nicolas Cage) é um investidor bem-sucedido muito feliz com sua vida de solteiro. Depois de evitar um assalto em uma loja de conveniência, é dada a ele a oportunidade de ver como seria sua vida se ele tivesse ficado com sua namorada da época da faculdade (Téa Leoni), ao invés de ter aceitado um estágio em um banco de Londres.








De Ilusão Também Se Vive (Miracle on 34th Street)

Este filme ganhou o Oscar de roteiro original e deu a Edmund Gwenn o Oscar de ator coadjuvante. Além disso, podemos ver a atriz Natalie Wood, ainda garotinha, em um de seus primeiros papéis no cinema.
Quem nunca ouviu ou, quando criança, fez a pergunta: "Papai Noel existe?". De certa maneira, este filme ajuda a responder esta pergunta, nos inspirando a acreditar que tudo é possível - até mesmo a existência do bom velhinho.

Sinopse: Um simpático senhor é contratado para trabalhar como Papai Noel em uma loja de brinquedos. Quando ele afirma ser o verdadeiro Papai Noel, passa a ser taxado de maluco. O caso vai parar nos tribunais, onde um jovem advogado tenta provar que ele está dizendo a verdade. Maureen O´Hara e Natalie Wood interpretam mãe e filha que se envolvem nessa história.







A Felicidade Não Se Compra (It´s a Wonderful Life)

Na época de seu lançamento, em 1947, esta comédia dramática dirigida por Frank Capra, foi esnobada pela crítica, mas o público adorou! Com o passar dos anos tornou-se não apenas um clássico, como também o filme preferido de Natal dos norte-americanos e meu! Impossível assistir e não chorar no final!

Sinopse: James Stewart está ótimo como George Bailey, um pai de família, querido por todos, que num momento de crise financeira pensa em se suicidar. Surge então, um anjo (um velhinho simpático que sonha em ganhar suas asas) que lhe mostra como as coisas seriam bem piores se ele não tivesse existido.




Espero que gostem dos filmes selecionados.
Qual é o filme natalino preferido de vocês? Escrevam nos comentários!

Boas Festas!

Beijos, Vivi